CIFA

Virgen de Cotoca

Em fins do século XVIII, na Bolívia, três humildes camponeses foram acusados injustamente de um assassinato. Fugiram, então, desesperados rumo ao Rio Grande. Depois de andarem algumas léguas chegou a noite trazendo muito frio e uma atroz ventania. Decidiram descansar numa pequena clareira do monte de Asusaquí. Logo procuraram acender um fogo para se aquecer. Com o auxílio de um machado, um dos rapazes deu vigorosos golpes numa grande árvore que encontrou. Para sua surpresa, a árvore parecia oca. O que estaria escondido naquele estranho tronco? Começaram a golpeá-lo mais fortemente e, espantados, viram dentro do tronco uma pequena imagem da Virgem Maria.

Emocionados, os fugitivos resolveram levar a imagem para seu patrão, desistindo da fuga. A fama do milagroso achado rapidamente se espalhou. Foi crescendo o número dos que iam render culto à Virgem e pedir graças. Uma devota construiu em Cotoca a primeira e bem humilde capelinha que foi abençoada no dia 15 de dezembro de 1799.
A aldeia de Cotoca localiza-se a 20 quilômetros de Santa Cruz, na Bolívia, sobre a rodovia que corta o Rio Grande na entrada de Chiquitanía. O povoado é conhecido por seus excelentes trabalhos em cerâmica e por um prato típico feito de queijo, o “Sonso”. Mais ainda é famosa pela presença da “Mamita de Cotoca”, como é carinhosamente venerada a Virgem Maria no Santuário que atualmente tem os cuidados pastorais dos Frades Dominicanos. A Paróquia do Santuário tem como nome a “Purísima Concepción de la Virgen” e possui numerosas comunidades rurais.


Colaboração: Ir. Maria Tatiana, cifa