Na manhã do dia 21 de agosto, Ir. Marialda Costella e eu (Ir. Gabriela Roz), acompanhando o Pe. Marcelo da Silva Ramos, fomos na comunidade de San Jose de La Frontera, em San Matías (Bolívia) para celebrar um ano da morte dos Chiquitanos: Arcindo Sumbre García, Paulo Pedraza Chore, Yonas Pedraza Tosube e Ezequiel Pedraza Tosube Lopez, que foram assassinados na fronteira Brasil-Bolívia.
A Missa foi celebrada no local do assassinato, sob a sombra da árvore que ainda hoje tem as marcas dos vários tiros que foram disparados. Ao seu pé, as famílias colocaram uma cruz com os nomes das vítimas. Esta árvore agora é sinal de sofrimento e tristeza pelo ocorrido que traz à tona. Contudo, também é sinal de esperança e resistência, sinal de vida e nos convida a mantermo-nos no caminho da busca por justiça.
Logo após a Missa, nos dirigimos para o Cemitério da Comunidade, onde fizemos um momento de oração pelos falecidos que ali estão sepultados.
Em 11 de agosto de 2020, estes irmãos foram tirados de nosso meio, de nosso convívio na família, entre amigos e conhecidos. A nossa fé cristã nos faz acreditar que a vida neste mundo é uma passagem para a Páscoa definitiva junto com Deus. Ver a Deus face a face é o desejo profundo daquele que crê. Senhor, a quem iremos? Só Tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6,28). Esta confissão de fé é um anúncio de esperança e de alegria antecipada.
Além da assistência espiritual, apoiados por Dom Jacy Diniz Rocha, bispo da Diocese de São Luiz de Cáceres, levamos algumas cestas de alimentos como gesto concreto de solidariedade e sinal de proximidade para com as famílias que perderam seus entes queridos, os quais, por sua vez, eram provedores das necessidades da casa.
Vivamos com esperança e amor a nossa vida neste mundo e peçamos a intercessão dos nossos irmãos que partiram tão precocemente para que a justiça aconteça.
Colaboração: Ir. Gabriela Roz, cifa
