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Romaria dos Mártires da Caminhada – “Tudo pelo Reino”

“Minha causa vale mais que a minha vida”. Nesta convicção forte de Dom Pedro Casaldáliga, de profecia, doação e martírio, participamos: Irmãs Claudete Mantovani, Teresinha Battisti e Renata Freitas, além dos Padres Marcelo Ramos, de Porto Esperidião-MT, e Marcilio Norberto, de Mirassol d’Oeste/MT. Esta foi a 7ª Edição desta Romaria, que acontece a cada cinco anos, em Ribeirão Cascalheira-MT. Esta edição aconteceu nos dias 16 e 17 de julho, momento de revigorar a luta e esperança do Povo de Deus.

Foi um encontro de Irmãos e Irmãs, caminhada em que encontramos poeira, lua, estrelas, sol, vento, pessoas. Jesus estava presente na caminhada, Bispo Pedro se fazia presente na caminhada, Padre João Bosco também esteve presente na caminhada.

Qual é a minha causa? Qual a causa que devo doar a minha vida pelo Reino?

A importância desta Romaria está em saber que a nossa Igreja é dos mártires, e tem em Jesus Cristo, o Mártir por excelência. No ano de 1976, nesta região de Ribeirão, foi assassinado injustamente o sacerdote jesuíta Padre João Bosco Burnier, a partir de sua morte o Bispo Pedro, como era chamado, Dom Pedro Casaldáliga construiu o santuário dos mártires da caminhada, que hoje é o lugar que traz presente o sangue que foi derramado pelas causas do Reino; semente de justiça e esperança para que a vida seja vivida. A Romaria também é ecumênica, e juntos, celebramos a memória dessas pessoas mártires que viveram e doaram suas vidas pela causa da ecologia, dos povos originários, mulheres, trabalhadores, negros, LGTBQIAT+, e tantas outras. Causas que clamam pela libertação, justiça, integridade, acolhida, acessibilidade... Celebramos a Páscoa, a festa da vida que se faz presente nas causas que muitos mártires derramaram seu sangue, para que fossem respeitadas e acolhidas, em favor dos pequenos, dos oprimidos.

Fizemos uma caminhada com a mesma intenção do povo que ia em busca da libertação no Egito. Na caminhada, lembrávamos também os mártires do Covid-19, vidas que foram ceifadas pela falta de cuidado e negligência do poder público, foram presença na caminhada, em nossos corações de romeiros e romeiras. Que possamos nós assumir as nossas causas, doando a nossa vida por elas movidas e movidos pelo Espirito do Senhor que guia e conduz em todos os tempos e clamores.


Colaboração. Ir. Renata Freitas, cifa