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História da Congregação | Irmã Carmem Maria Pitol

Irmã Carmem Maria Pitol

Seu nome civil era ALÁDIA PITOL. Nasceu em Cotiporã-RS, no dia 24 de junho de 1934. Seus pais foram Fidelis Albino Pitol e Fábia Adelia Zaniol.

Ela fez o juvenato na Betânia São José, em Cotiporã. Ingressou no Postulado no ano de 1952, no Noviciado em 1953. Professou os Votos Religiosos Temporários no dia 02 de agosto de 1954 e no dia 02 de agosto de 1960 fez a Profissão Perpétua na Congregação.

Irmã Carmem era alegre, ativa. Além de participativa na fraternidade, ela sempre gostou de atuar junto aos e pelos pobres. No tempo em que ela era formanda, as Irmãs atuavam nas periferias do bairro Partenon, especialmente na área que é hoje o Bairro Santo Antônio. Por isso, ela participava desta pastoral e de todos os cursos, seminários, palestras que dissessem respeito a aspectos sociais. Conquistou imenso reconhecimento nos departamentos municipais, nas Secretarias Estaduais da Saúde e da Educação e Cultura, na Cáritas Arquidiocesana em Porto Alegre, onde buscava ajuda para o socorro e atenção às necessidades dos moradores das, então, Vilas Santa Luzia e dos Marítimos. Era reconhecida também, pela Segurança Pública do Estado, de quem recebeu autorizações especiais que lhe asseguravam facilidade no trânsito e ação para o atendimento de idosos, famílias, crianças, especialmente se doentes ou inválidas das duas Vilas.

Irmã Carmem conseguiu a construção de uma capela dedicada a Santa Luzia onde eram feitas as celebrações, havia formação cristã e nisto ela recebia colaboração de Irmãs e formandas residentes, como ela, na Casa Mãe da Congregação. Ela conseguiu o estabelecimento de dois postos policiais nestas Vilas e era estimada pela Direção e comunidade da Escola Arlindo Pasqualini, existente na Vila Santa Luzia. Ela morreu com apenas 32 anos, porque na manhã do dia 13 de janeiro de 1967, quando viajava de ônibus para Caxias do Sul, para visitar o Pároco de Cotiporã, hospitalizado lá, foi vítima de um trágico acidente. Veio a falecer no mesmo dia no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre. O velório na capela da Casa Mãe foi uma romaria de homens, mulheres e crianças desfilando junto a seu corpo, silenciosas e tristes. Várias manifestações chegaram às Irmãs neste dia e depois. No Correio do Povo, assim foi noticiado: “Entre milhares de pessoas, mormente moradores da Vila Santa Luzia e Marítimos, confundiam-se as Irmãs nas últimas homenagens à bondosa Religiosa, verdadeiro modelo de abnegação a serviço do próximo. ... Saiu o enterro com a presença de milhares de pessoas... sendo o esquife levado a mão até o cemitério, antes passando pelo interior da Vila, ... parando diante da capela onde o Pe. Frei Fausto discursou...”.  Ela, no seu primeiro retiro em Cotiporã, antecipou: “Hei de aceitar tudo por amor de Deus, ser humilde. Porque hei de morrer sem falta. ” Nós, hoje dizemos: Obrigada Irmã Carmem!

Fonte: CIFA, Arquivo Histórico