CIFA

História da Congregação | Ir. Delfina Maria

Neste mês de agosto, dedicado às vocações, estamos revisitando a história,vocação e missão de algumas Irmãs da Congregação. Acompanhemos, nesta semana, a vocação de Ir Delfina (foto: 1ª fila/2ª da esquerda para a direita, ao lado de Madre Clara).

MARIA JOSÉ DE ABREU foi registrada civilmente com este nome.

 Era filha de Miguel Rodrigues de Abreu e de Gertrudes Domingues de Abreu..

Irmã Delfina nasceu em 24 de junho de 1899, em Lagoa Vermelha, Rio Grande do Sul.

Foi ‘Admitida’ na Congregação em 1928, Fez o ingresso no Postulado em 17 de novembro de 1929. Ingressou no Noviciado em 20 de fevereiro de 1931. A emissão dos ‘primeiros Votos’ na Congregação, ela a fez em 04 de outubro de 1933. Recebeu, então, o nome religioso de IRMÃ DELFINA MARIA.  A 19 de dezembro de 1930 foi eleita 1ª Conselheira na primeira Equipe de Governo Geral da Congregação, função que exerceu até à morte. As coirmãs do seu tempo, que a conheceram pessoalmente, disseram que ela se distinguiu por ser pessoa bondosa, pela autenticidade de vida, pela resignação durante o longo período de sofrimento. Faleceu aos 09 de julho de 1939, com votos temporários, na Betânia Nossa Senhora Aparecida, Casa Mãe da Congregação, em Porto Alegre. Foi sepultada no Cemitério da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, em  Porto Alegre.

Sabemos, dito por Madre Clara, a Fundadora, que Irmã Delfina sofreu em longo período de tratamento por tuberculose, como caminho à sua morte precoce. Seu currículo nos apresenta ter ela sido a primeira assistente com quem Madre Clara contou, enquanto Irmã Delfina viveu. Justifica-se plenamente dizer que uma das suas características foi autenticidade de vida. Que ela foi uma pessoa bondosa e, depois, ela mesma nos mostra em versos o grau de resignação com que enfrentou anos doloroso  devido a tuberculose.

Irmã Delfina deixou dezenas de poemas escritos. É uma coletânea preciosa.  Revela o grau de interioridade de nossa Irmã. Ela foi uma exímia poetisa; deixou descritos, ela mesma, os passos sofridos que lhe coube andar no capítulo final de sua curta vida. Deixou-nos também textos de teatro. Transcrevemos uma seleção que  nos dá a ideia do que e como foi preciosa a experiência de sua vida como Consagrada. Irmã Delfina morreu antes de nossas primeiras Irmãs obterem da Igreja a concessão de professar definitivamente, quase dez anos depois, em 1947.

 Irmã Delfina inaugurou nossa “Betânia Celeste”, como Madre Clara gostava de dizer. A intensidade do que nos transmite pode explicar isto talvez.

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Pesquisa e organização: Irmã Edi Nicolao, cifa