Betânia é o lugar da presença de Deus, ela não se constitui apenas como um lugar de descanso e de preparação para os acontecimentos religiosos. Ela é também o lugar da manifestação plena da humanidade e da divindade de Jesus. É o lugar onde Deus se aproxima e onde as pessoas se aproximam, lugar da manifestação de Deus (Jo 21, 1-7) e, portanto procurado pelas pessoas que desejavam chegar ao Templo, passando pela Betânia, porque Deus não para em Betânia, as pessoas não param em Betânia, elas chegam e saem. Deus atrai e lança para o mundo; é um lugar dinâmico onde se chega e parte para anunciar.
Vamos a Betânia e saímos de Betânia; nos encontramos, desencontramos às vezes, e saímos ao encontro. “Com a mesma devoção com que comungamos o Cristo na Eucaristia, precisamos comungar também com a vida de nossas coirmãs, na Betânia, e com os irmãos onde atuamos na missão. Isso exige um constante processo de conversão. É nas Betânias que vai acontecendo esta transformação, na caminhada do dia-a-dia, no convívio fraterno com as Irmãs, com as comunidades, com as pessoas e com o ‘Divino Hóspede’, num discipulado fiel que, aos poucos, fará passar do acolhimento do ‘Senhor no Sacrário’ para uma acolhida sempre mais definitiva no sacrário da vida” (Doc. da Espiritualidade, n. 55).
