“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor é de Deus
e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jo 4,7-8).
A Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida nasceu embalada no berço do amor, no berço da Caridade. Esta virtude tornou-se a grande e fundamental característica do Carisma congregacional. De tal forma que Madre Clara a denominou a “Virtude Rainha”.
Frei Pacífico recomendava frequentemente à Madre Clara: “Madre, faça como São João, não se canse de falar sobre a Caridade”. O assunto mais enfatizado por nossa Fundadora nas correspondências, nas formações e mesmo nas conversas informais é o da Caridade. Lembrava com insistência que se tal virtude estivesse presente, a Congregação estaria garantida e na ausência dela, ficaria comprometida. Como seguidoras de São Francisco de Assis, ela nos repetia: “Lembrem-se de que a espiritualidade franciscana se concentra na Caridade”.
Hoje, a “Virtude Rainha” continua importante para quem segue o Carisma de Madre Clara? Sim, e muito. Em meio a uma sociedade competitiva, individualista, que descarta a maioria do povo em favor do bem estar de alguns; que fragiliza a dimensão comunitária e fraterna, somos interpeladas a estar conectadas às nossas raízes e nos revestir da “Virtude Rainha”. Expressar em atitudes, gestos e ações o respeito aos irmãos/ãs, particularmente, com os que estão nos porões da sociedade. Assumindo a cruel realidade de nossos tempos, sentimo-nos desafiadas a ser profetisas incansáveis no serviço solidário com total generosidade, sem jamais retroceder. Nem esquecer o lembrete de Madre Clara: “Lembremo-nos que a caridade ressuscita mortos e a falta de caridade mata vivos”. Sejamos mulheres novas, revestidas da “Virtude Rainha!”
Ir. Lourdes Castagna, cifa